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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Os relacionamentos que cultivamos com nossos filhos


Não permita que seus filhos sejam criados como príncipes ou terá que sustentá-los pelo resto da vida

(Içami Tiba, livro: Pais e Educadores de Alta Performance)


Os relacionamentos que cultivamos com nossos filhos são muito particulares e a criação que escolhemos dar a eles são de nossa escolha e responsabilidade, mas é fundamental sabermos que não criamos nossos filhos para nós mesmos, mas sim para o mundo, um mundo que raramente é tão amoroso e cuidadoso quanto nós.

Por isso, quanto mais preparados eles estiverem para enfrentar a realidade da vida, mais bem-sucedidos serão.

Muitas vezes os pais, em atitudes baseadas no desejo de proteção, criam seus filhos como “príncipes”, atendendo a todos os seus desejos e não permitindo que se esforcem por nada na vida, e apesar de ser gratificante poder oferecer o melhor para nossos filhos, precisamos incluir um pouco de “realidade” em suas rotinas, para que não estejam despreparados, quando tiverem que enfrentar o mundo real, porque nem os pais e nem a fantasia duram para sempre.

Içami Tiba, um dos grandes psiquiatras brasileiros e também escritor nos presenteou com muitas obras fantásticas, e em uma delas, “Pais e Educadores de Alta Performance” no qual fala mais sobre esse assunto, confira um trecho abaixo.

“Não há nada pior para os pais do que permitir que seus filhos sejam como príncipes que terão de ser sustentados pelo resto da vida. Para que não nos esqueçamos, relembro algumas práticas familiares que dão péssimos resultados na educação dos filhos e alunos:

1. Fazer pelo filho o que ele próprio pode fazer sozinho;

2. Deixar de cobrar obrigações que ele tem de cumprir;

3. Engolir contrariedades, respostas mal-educadas, desrespeito aos outros;

4. Permitir que o filho imponha suas vontades inadequadas a todos;

5. Concordar com tudo o que o filho faz e diz só para não o contrariar;

6. Acreditar que “o filho não mente” ou “ele nem sabe o que faz”;

7. Permitir que o filho gaste o dinheiro do lanche em outras coisas;

8. Assumir para si as responsabilidades sobre o que o filho faz;

9. Silenciar quando percebe que o filho falsificou a assinatura dos pais;

10. Repetir muitas vezes a mesma ordem;

11. Dar tapas ou “surras pedagógicas”;

12. Ser conivente com suas delinquências;

13. Aceitar notas baixas, tarefas feitas de qualquer jeito;

14. Terceirizar a educação dos filhos;

15. Ignorar o lixo que o filho jogou no chão;

16. Permitir que os filhos dentro de casa façam o que não devem fazer no ambiente social;

17. Incentivar a tirar proveitos pessoais de qualquer vantagem que tiver;

18. Justificar as falhas dos filhos como erros dos outros;

19. Tolerar mentiras, traições, pequenos furtos etc.;

20. Minimizar o cumprimento de regras, ordens e combinações estabelecidas;

21. Inventar desculpas por falhas próprias;

22. Mudar as regras existentes para favorecer os filhos;

23. Permitir que experimentem drogas;

24. Fingir que não percebeu a ingratidão e o abuso que os filhos cometeram;

25. Instigar superioridade religiosa, financeira, familiar, etc;

26. Dividir o mundo em pessoas espertas e burras;

27. Ser cúmplice ou conivente nas transgressões e contravenções dos filhos;

28. Colocar o filho acima de tudo e de todos;

29. Ajudar o filho a “colar” nas provas;

30. Fazer a lição de casa do filho;

31. Ameaçar ou agredir professores ou pais dos amigos do filho por erros que são dele.”

Essa é uma reflexão muito importante a respeito do papel dos pais na vida dos filhos, preparando-os para uma vida adulta em um mundo que nada tem de “contos de fadas”.

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