Sim eu, você,
todos nós vamos desaparecer! Quando? Pode ser a qualquer hora!
Trágico não?
Realidade! Fato! Única certeza diria muitos!
Mas vamos morrer
e vão ficar todas nossas chamadas conquistas em todas as gavetas possíveis que
adquirimos em todos os armários possíveis que compramos um dia nas muitas
liquidações da vida.
Vai ficar também
a conta da luz do mês, da água, da internet, do gás para pagar. E agora?
Vai estragar
muita comida que tínhamos para recepcionar os amigos. Muita picanha, camarão
para aquele almoço especial de domingo...
Vamos morrer e
alguém vai tomar aquelas tantas garrafas de vinhos que guardamos há tantos e
tantos anos e um dia esperamos chegar "um momento especial" para
degustar com "aquelas pessoas especiais" para brindar "mais uma
conquista".
A gente morre,
se dissolve e somente a importância que um dia pensamos que talvez tínhamos
perante à família, à sociedade, pois a vida vai continuar, o mundo vai
continuar girando, fazendo sua transição normalmente, as pessoas vão continuar
se lastimando outras tanto se superando e seguindo suas rotinas normalmente.
Puxa vida, me
lembrei agora, e todos os problemas que eu tenho hoje, que você tem hoje que
julgamos serem os MAIORES do mundo, quem irá resolver?
Eles irão sumir?
Eles irão juntos
com as cinzas?
Para o caixão?
Como é que faz?
Eu não paro de
pensar neles, e eles vão desaparecer com o meu desaparecimento? É assim Deus?
Quando eu me
incomodo muito com tamanha falta de justiça, com tamanha falta de equidade
entre os povos, com a falta de vergonha das pessoas, elas continuarão fazendo e
agindo assim e eu vou me embora e aí como vai ficar?
Será que
realmente vale a pena tudo isso?
Vou embora sem
perdoar? Como vai ficar?
Não dei nem um
abraço naquela pessoa que nunca mais enxerguei e que me lembro bem fui rude com
ela na última vez que conversamos e agora acabou assim do nada?
E os pneus do
meu carro, eu estava tão preocupado que precisava trocá-los, nem dormia
direito, quem vai dirigir meu carro de agora em diante?
Minhas coleções
de livros, de discos, de anéis, de joias?
Quem vai cuidar?
Meu dinheiro
aplicado, minhas aplicações?
Meus imóveis?
São tantos?
Eu preciso
voltar...
Não dá mais?
Não! Eu
preciso...
Preciso viajar,
abraçar mais, ver meus cachorros, caminhar e correr mais...
Tomar meu
remédio...
Comer meu
churrasco, tomar minha "gelada", saborear meu prato preferido...
Morrer agora não
era preciso...
Quando é preciso
morrer?
Você morre todos
os dias quando renúncia a você mesmo (a)!
Por Júnior Chisté.
Escritor - Palestrante - Master Trainer – Psicólogo.
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