Em Nome do Pai conta a saga
verídica de Gerry Conlon. É um filme
intrigante, que nos faz questionar a justiça, seus sistemas e truques. No filme
o jovem acaba por descobrir no pai uma força interior que não julgava que
existisse. Pouco a pouco deixa de lado o seu tom e atitudes de rapaz rebelde,
iniciando com o pai uma luta contra a injustiça e tentativas para provar a sua
inocência. Luta essa que duraria quinze longos anos.
Em 1974, o IRA (Exército Republicano Irlandês) mata cinco pessoas em um
atentado a bomba em um bar inglês. Gerry Gordon e mais três amigos, todos
irlandeses, são presos e forçados a confessar o crime. O pai de Gerry tenta
ajudá-los e todos são condenados, inclusive outros membros da família, residentes
em Londres. Da prisão, o pai de Gerry pede ajuda a uma advogada que começa a
investigar todas as irregularidades que cercam o caso.
Apesar da longa duração, nem sentimos o tempo do filme passar, pois ele
é muito envolvente. Com um episódio ocorrido há mais de vinte anos, trata-se de
uma história sempre atual que fala de intolerâncias mútuas, arbitrariedades e
injustiças, além de revelar muitos dados históricos.
É impossível não se comover diante dos desmandos das autoridades e ao
mesmo tempo fica difícil tomar partido de qualquer um dos lados, pois o
autoritarismo, o ódio religioso e o radicalismo acabam acontecendo em todas as
instâncias. O diretor tem a preocupação principal em mostrar a dureza e a
motivação de todos os envolvidos.
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