A alfabetização é uma das competências que permitem ao
indivíduo um maior desenvolvimento intelectual e moral
A data, instituída em 1966, é importante para a
discussão de um grave problema nacional: o analfabetismo.
Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão
livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever –
inclusive a sua própria história.
A frase foi dita por Bill Gates, fundador da maior e
mais conhecida empresa de software do mundo, a Microsoft. Em tempos de grandes
avanços tecnológicos, infelizmente o prazer de reservar alguns minutos para a
leitura de um livro, seja ele físico ou virtual, tem sido cada vez mais raro
entre leitores de várias faixas etárias. Até mesmo Gates, magnata da
informática, reconhece a importância do ato de ler para a formação intelectual
e moral do indivíduo.
Em 1966, o dia 14 de novembro foi escolhido pelo
Governo Federal como o Dia Nacional da Alfabetização, data que relembra a
criação dos antigos Ministérios da Educação e da Saúde Pública. Felizmente,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, o
analfabetismo vem diminuindo consideravelmente nos últimos quinze anos, embora
muito ainda precise ser feito para que esse problema seja completamente
erradicado. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto, 13 milhões de
brasileiros ainda não conseguem ler ou escrever, número que preocupa e indica a
urgente necessidade de melhorias no ensino público do país.
“Ler é sonhar
pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz.
A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.”
Fernando Pessoa
Na escola temos acesso às técnicas de leitura,
aprendemos a decifrar o código, que é a língua portuguesa, mas nem sempre
aprendemos a entender aquilo que lemos. A esse fenômeno deu-se o nome de
analfabetismo funcional, isto é, o indivíduo, embora domine a técnica, não
consegue compreender textos de diversos gêneros textuais, até mesmo os mais
simples e mais acessados no cotidiano, como bulas de remédios, manuais de
instruções e placas de rua ou ônibus. Sem a compreensão na leitura, não há
desenvolvimento intelectual satisfatório, já que esse é um fator que limita a
apreensão e assimilação de informações de maneira adequada.
“Os verdadeiros
analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem.”
Mario Quintana
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