Besouro
Em uma época na qual os negros ainda não tinham conquistado sua
liberdade, embora formalmente fossem considerados livres, alguns ex-escravos
encontraram um caminho para lutar pelos seus direitos, uma estranha coreografia
que mesclava luta e dança, conhecida como Capoeira. É neste cenário que surge
um dos heróis mais lendários do Brasil, Besouro. Besouro está de volta, mais
forte do que nunca, comprovando sua imortalidade como símbolo da cultura negra
brasileira. Este mito foi resgatado pelo cineasta João Daniel Tikhomiroff,
que por sua vez se inspirou na obra
Feijoada no Paraíso, de Marco Carvalho. Ele procura resgatar esta história não
como um filme documental, mas sim como uma mistura de ficção e fantasia.
O Contador de Histórias
O Contador de Histórias, filme de Luiz Villaça baseado na vida do
mineiro Roberto Carlos Ramos, é a história de como o afeto pode transformar a
realidade. Caçula entre dez irmãos, Roberto desde cedo demonstra um talento
especial para contar histórias, transformando, com a narrativa, suas próprias experiências
de frustração em fábulas cativantes.
Os Doze Trabalhos - 2007
Heracles é um jovem da periferia que para superar o passado que o
desfavorece, e para conseguir o emprego de motoboy na cidade de São Paulo
terá que realizar 12 tarefas ao longo do dia.
O “motoboy” é um personagem que retrata a realidade brasileira, dentro
de uma classe menos favorecida e sua própria existência é reflexo do caos no
transito. É uma profissão que envolve condições precárias, de um dia a dia de
trabalho exaustivo, situações de perigo, com pouca segurança, pouca
solidariedade e um enorme preconceito social.
Quanto vale ou é por quilo?
O filme Quanto Vale ou É Por
Quilo?, faz uma analogia entre o antigo trabalho escravo e a exploração da
miséria na atualidade, por meio de cenas que exibem os dois momentos de forma
alternada e possibilitam uma comparação entre estes por parte do telespectador.
Aborda o abuso existente, por ONGs, que fazem uso da miséria para conseguir
verbas em benefício de um pequeno grupo, provocando um sentimento de indignação
frente a questão levantada por parte de quem assiste, uma vez que, é sabido que
na realidade, fatos como estes acontecem no espaço e tempo real.
Filhas do Vento
Filhas do Vento aborda temas
pertinentes às mulheres de qualquer parte do mundo, mas que ocorrem numa
pequena cidade do interior do Brasil, onde os fantasmas da escravidão e do
racismo afetam a vida das personagens de forma sutil. Em uma brilhante peça
ficcional, de cunho político e social, o diretor substitui os tradicionais papéis
estereotipados, comumente interpretados por atores negros nas telenovelas
brasileiras, por uma rica e multifacetada construção de personagens, mesmo
quando habilmente emprega diversos recursos da dramaturgia da novela para se
comunicar com grandes audiências.
Antônia
Vila Brasilândia, periferia de São Paulo. Preta (Negra Li), Barbarah (Leila Moreno), Mayah (Quelynah) e Lena (Cindy) são amigas
desde a infância e sonham em viver da música. Elas deixam o trabalho de backing vocal de um conjunto de rap de homens para formar seu próprio
conjunto, o qual batizam de Antônia.
Descobertas pelo empresário Marcelo
Diamante (Thaíde), elas passam a
cantar rap, soul, MPB e pop em bares e festas da classe média. Mas quando o
sonho delas parece começar a se tornar realidade o cotidiano de violência,
machismo e pobreza em que vivem afeta o grupo.
Barravento - 1962
O drama, filmado em 1962, conta a história do negro Firmino (Antônio Pitanga),
que volta à aldeia de pescadores em que foi criado, para tentar livrar o povo
do domínio da religião. A aldeia de pescadores é formada de descendentes de
antigos escravos negros que chegaram ao Brasil, vindos da África. Firmino tenta
persuadir novas ideias sobre liberdade para os nativos, mas a comunidade não
lhe dá ouvidos e continua fatalista, religiosa, analfabeta e explorada pelos
comerciantes da cidade.
Macunaíma - 1969
Diferente dos heróis da mitologia clássica, onde o nascimento é difícil
ou cheio de presságios, Macunaíma nasce fácil, já homem formado.
Macunaíma é a representação do brasileiro que já nasce sem infância,
abandonado a própria sorte, aprendendo no dia a dia a heroica tarefa de
sobreviver, órfão de pai, que na simbologia familiar é a representação de
autoridade. Em sua trajetória Macunaíma destituído de limites e das noções de direito
e dever para com seus semelhantes, cria uma noção particular e egocêntrica da
própria vida.
Como todo herói Macunaíma tinha seus poderes. O poder de Macunaíma é o
da adaptabilidade, ele se adapta ao meio para sobreviver e sanar suas vontades,
sejam elas quais forem.
Hotel Ruanda
Estamos em 1994. Ruanda é palco de uma das maiores atrocidades da
história da humanidade onde, em apenas 100 dias, quase um milhão de tutsis são
brutalmente assassinados por milícias de etnia hutu. No cenário destas indescritíveis
ações um homem promete proteger a família que ama, acabando por encontrar a
coragem para salvar mais de um milhar de refugiados. Hotel Ruanda conta-nos a história verídica de Paul Rusesabagina, um homem que conseguiu evitar o genocídio de
mais de 1200 tutsis durante a guerra civil ao conceder-lhes abrigo no hotel que
dirigia na capital de Kigali.
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