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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Como fazer com que o desempenho dos alunos melhore?


Por Eduarda Rozemberg

Em quase toda escola os professores sofrem com o mesmo problema: alunos abaixo da média, desinteressados e com um desempenho que poderia (e deveria) ser muito melhor. Se essa realidade é extremamente comum e se repete de forma incessante, como fazer para mudá-la ou, pelo menos, melhorar o quadro geral de desempenho dos alunos?

A resposta não é simples, nem única.

Melhorar o desempenho dos alunos, como todo professor sabe, não é tarefa fácil! Mas é possível adotar algumas estratégias que resultam em efeitos significativos na busca por fazê-los aprender mais e melhor.

Confira as 4 dicas a seguir e saiba como melhorar o desempenho dos seus alunos.

1. Mude a visão que os alunos têm dos estudos

A primeira mudança a ser adotada diz respeito à uma alteração de mentalidade que deverá gerar efeitos práticos, a longo prazo. Trata-se de mudar a imagem que os alunos têm dos estudos.

Estudar é, muitas vezes, visto como um afazer mandatório e entediante, quase uma punição que pais e professores impõem aos jovens. Porém, isso não deveria ser assim, afinal, a possibilidade de entrar em contato com o novo e de compreender mais o mundo ao nosso redor é algo que deveria se apresentar como extremamente estimulante. Para que esse quadro mude, é interessante que as atividades escolares sejam apresentadas como desafiadoras e cativantes.

Muitos pais e professores cobram o desempenho de forma errada, focando na duração dos estudos do aluno, por exemplo. Frequentemente, quando a criança ou o adolescente está ocioso, logo é obrigado a estudar mais, mesmo que já tenha concluído as atividades em sala de aula ou o dever de casa. Dessa maneira, o aprendizado acaba se tornando, inevitavelmente, um castigo.

Por isso, muito mais do que dizer “vá estudar” de forma vazia e automática, é mais interessante focar a questão do aprender, mostrando ao aluno o que ele tem a ganhar. Além disso, é fundamental transformar as estratégias pedagógicas.

A família pode ser uma grande aliada no processo de melhorar o desempenho dos alunos, já que exercem um papel muito relevante na sua formação. Portanto, manter um diálogo aberto e direto entre as famílias e a escola é extremamente importante para criar uma relação de confiança. Além disso, com essa proximidade eles terão a oportunidade para contribuir para uma melhora contínua no ambiente escolar. Assim sendo, cria-se a oportunidade de estimular ainda mais os estudantes.

2. Faça do aprendizado uma diversão

A utilização da tecnologia aliada à educação, por exemplo, é uma estratégia bastante promissora para motivar o estudo. Atualmente, a maioria dos jovens é bastante ligada a aparelhos tecnológicos e a ferramentas digitais. Aproveitar esse interesse de modo a melhorar o ensino é uma ótima ideia. Aplicativos são maneiras de fazer os estudantes se divertirem e aprenderem ao mesmo tempo, e por isso valem a sua atenção.

Propor atividades externas, de modo a prender a atenção e instigar o pensamento dos estudantes é outra ótima estratégia. É preciso saber manter o foco nos objetivos, mas sair do lugar-comum é mais do que recomendado. Além dos exercícios que envolvem a tecnologia, é preciso usar a criatividade para fazer com que aulas fujam do esquema restrito ao livro, ao caderno e ao quadro.

Nosso cérebro funciona melhor quando é constantemente estimulado e surpreender os estudantes com exercícios diferentes é muito positivo. Atividades diferenciadas são interessantes para dar contexto ao que foi aprendido em sala de aula, além de serem úteis para desenvolver e fortalecer as competências socioemocionais dos alunos. Por meio disso, a escola estará incentivando os estudantes a se tornarem cidadãos integrais capazes de aplicar seus conhecimentos no dia a dia.


3. Mostre a aplicação prática do conteúdo

Fazer com que os alunos atinjam um grau de excelência nos estudos passa por motivá-los a querer aprender para, a partir daí, ensinar com qualidade e receber resultados positivos. Esse ensino diferenciado deve deixar de lado, antes de tudo, o “decoreba”, para privilegiar o conhecimento mais profundo e aplicado do conhecimento no dia a dia dos estudantes, de modo que aquilo que o aluno aprende em sala passe a fazer parte de sua vida, mesmo fora da escola.

Por isso, é essencial tornar as aulas mais dinâmicas e práticas, aliando o conteúdo das disciplinas à “vida real”, por assim dizer.

Relacionar aquilo que está nos livros às situações comuns do cotidiano dos estudantes ajuda a deixá-los muito mais interessados nas aulas. Dessa forma, o desempenho dos alunos melhora bastante ao perceber a utilidade dos estudos e a aplicação dos conceitos na prática.

É válido, por exemplo, pedir para que eles observem o respeito às normas gramaticais nas revistas e blogs que leem, deixando a aula de português muito mais envolvente. Já no caso da matemática, é possível propor a atividade de observação das condições de pagamento das lojas que costumam frequentar, de modo a estudar os juros e o parcelamento de valores.

4. Acompanhe o desempenho dos alunos para melhorar

Outra estratégia para melhorar o desempenho dos estudantes é sempre estar atento ao resultado geral da turma. Uma dificuldade recorrente em matemática, por exemplo, pode ser um sinal de que o conteúdo não está sendo trabalhado da melhor forma. É essencial que o professor esteja atento, também, aos sinais de dificuldade de aprendizagem.

Ao longo do ano, por meio das ferramentas de avaliação de desempenho, é importante comparar os resultados e acompanhar a evolução da turma. Esse tipo de diagnóstico ajuda professores e coordenação a identificar as intervenções pedagógicas necessárias e a traçar estratégias de ensino mais eficientes. O educador ganha embasamento para, por exemplo, testar diversas formas de trabalhar o conteúdo e ver quais combinam mais com cada turma. Além disso, ao indicar exercícios, atividades e formas de avaliação múltiplas, torna-se muito mais fácil melhorar o desempenho dos alunos.

A partir daí, o processo de aprimoramento do desempenho tem sua etapa final — que será, também, o pontapé inicial, já que se trata de um ciclo — no momento da intervenção pedagógica. Isso porque não adianta aplicar uma atividade aos alunos se os seus resultados não são analisados: é fundamental entender quais são as lacunas do aprendizado dos alunos e traçar estratégias para que sejam de fato superadas.

Por fim, não se esqueça de retomar o conteúdo com alguma periodicidade. Certos temas vão ficando para trás, e relembrá-los é uma boa estratégia para manter os tópicos sempre em voga na sala de aula e ainda mostra aos alunos que o que foi aprendido não deve ser esquecido após as avaliações, e sim permanecer com eles para o futuro.

Mesmo com essas dicas apresentadas, desenvolver os alunos para um melhor desempenho pode ser um grande desafio. Os estudantes são muito diferentes uns dos outros, o que exige um tratamento diferenciado para cada um deles.

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