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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Dislexia


Como identificar a dislexia

Para identificar a dislexia é preciso ter em atenção algumas características comuns desta doença e que auxiliam no diagnóstico de crianças com este distúrbio da comunicação.


Alguns dos sinais claros desta condição, e que são considerados indicadores precoces da doença, são os retardos ou hesitações na escolha das palavras, na substituição de palavras e na nomeação de letras e números.

As crianças disléxicas em idade pré-escolar podem demorar muito para falar, podem apresentar problemas de articulação das palavras e dificuldades para lembrar os nomes das letras, dos números e das cores. É comum também entre essas crianças a dificuldade para combinar os sons, rimar palavras, identificar a posição dos sons nas palavras, segmentar palavras em sons e identificar o número de sons nas palavras.

São frequentes os problemas de memória recente para os sons e para colocá-los na ordem correta.

Muitas crianças com dislexia confundem letras e palavras com outras semelhantes, sendo comum ocorrer inversão de letras durante a escrita (p.ex., me no lugar de em) ou a confusão entre letras (p.ex., d no lugar de b).

Substituições Comuns de palavras e letras na Dislexia

f – t
d – b
m – n
w – m
v – f
sol – los
som – mos

DISLEXIA COMO IDENTIFICAR E AJUDAR O ALUNO

O que é a dislexia?

A dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem.  Pesquisas atuais, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente, tornando-as pessoas únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias.

Anime o aluno dislexia

Embora os disléxicos tenham grandes dificuldades para aprender a ler, escrever e soletrar, suas dificuldades não implicam em falta de sucesso no futuro, haja vista o grande número de pessoas disléxicas que obtiveram sucesso.  Alguns pesquisadores acreditam que pessoas disléxicas têm até uma maior probabilidade de serem bem sucedidas; acredita-se que a batalha inicial de disléxicos para aprender de maneira convencional estimula sua criatividade e desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e com o stress (Gorman, 2003).

Classificação de todas as dislexias existentes:

Alguns autores classificam a dislexia tendo como base testes diagnósticos, fonoaudiológico, pedagógicos e psicológicos.
Conforme Lanhez (2002), a dislexia pode ser classificada em:
1. Dislexia disfonética;
2. Dislexia diseidética;
3. Dislexia visual;
4. Dislexia auditiva;
5. Dislexia mista.

Para Moojen apud Rotta (2006), é possível classificar a dislexia em três tipos:Dislexia fonológica (sublexical ou disfonética); Dislexia lexical (de superfície); Dislexia Mista.

O papel do professor

A primeira tarefa do professor é resgatar a autoconfiança do aluno. Descobrir suas habilidades para que possa acreditar em si mesmo ao se destacar em outras áreas.

O professor primário deve ele próprio construir os seus instrumentos de diagnóstico pedagógico (diagnóstico informal) a fim de conduzir a sua atividade mais coerentemente. É do maior interesse o uso de instrumentos que permitam detectar precocemente qualquer dificuldade de aprendizagem, pois só assim uma intervenção psicopedagógica pode ser considerada socialmente útil, pois quanto mais tarde for identificada a dificuldade, menos hipóteses haverá para solucionar corretamente.  (FONSECA, 1995).

É importante que o professor explique à criança o seu problema, sente ao lado dela, não a pressione com o tempo, não estabeleça competições com os outros, que seja flexível quanto ao conteúdo das lições, que faça críticas construtivas, estimule o aluno a escrever em linhas alternadas (o que permite a leitura da caligrafia imprecisa), certifique-se de que a tarefa de casa foi entendida pela criança, peça aos pais que releiam com ela as instruções, evite anotar todos os erros na correção (dando mais importância ao conteúdo), não corrija com lápis vermelho (isso fere a suscetibilidade da criança com problemas de aprendizagem), e procure descobrir os interesses e leituras que prendam a atenção da criança.

O papel dos pais na dislexia do filho

Os pais precisam ficar atentos a frustrações, tensões, ansiedades, baixo desempenho e desenvolvimento apresentado pelos filhos. Cabe a eles a responsabilidade de ajudar a criança a ter resultados melhores, e deve partir deles, a procura de profissionais para realizar um diagnóstico multidisciplinar a cerca das dificuldades da criança, porque quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e intervenção melhor, maiores são as oportunidades de sucesso.

O encorajamento, a ajuda, a compreensão e a paciência (pois o disléxico leva mais tempo para realizar algumas tarefas, e poderá ter de repeti-las várias vezes para retê-las), fazem parte do papel dos pais, assim como ir a busca de uma instituição educacional que atenda da melhor maneira às necessidades da criança (por exemplo, estudar o currículo da escola e seu método de ensino). E ter uma relação de troca, fazendo um intercâmbio entre os acontecimentos em casa, na escola e com os profissionais envolvidos.

Com informações TUA SAUDE

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