Dirigido
por Henning Carlsen e adaptado brilhantemente da obra de Knut Hamsun, o longa
dinamarquês fala sobre um escritor miserável e faminto que perambula pelas ruas
de Kristiania (antiga Oslo) em 1890, tentando publicar um artigo, que ele
considera sua obra prima, em um jornal local. Desesperado após várias
tentativas frustradas de conseguir emprego, luta para sobreviver em uma batalha
para manter seu orgulho e contra as humilhações e a inanição, que garante
delírios constantes e mudanças de humor. As suas tentativas de mostrar-se digno
são pontos altos, como após penhorar seu casaco para conseguir dinheiro,
percebe bem depois que esqueceu sua caneta no bolso dele, voltando no local e
fazendo questão de explicar a um desinteressado dono que aquela caneta era
especial para ele, já que havia sido com ela que escreveu sua tese de filosofia
em três volumes. Enquanto muitos filmes mostram homens em situações críticas
causadas pelo álcool ou drogas, nesta pequena obra prima o sofrimento do
protagonista nasce de seu rígido código moral, que o impede de agir da maneira
mais racional.
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