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sábado, 30 de março de 2019

Campos Novos / SC 133 anos de emancipação


História

Praça Lauro Muller
 
As terras camponovenses tiveram como primeiros donos os indígenas. Os Kaigangs habitavam essa região e viviam da pesca e caça, coletavam raízes e frutos das matas, pinhão, amora, jabuticaba e pitanga. Os europeus foram ocupando gradativamente as terras indígenas a partir dos séculos XVII e XVIII.

A construção da estrada de ferro São Paulo – Rio Grande do Sul e o movimento de tropeiros que cruzavam por esta região vindos do Rio Grande do Sul com destino a São Paulo trouxeram também muita gente de outras regiões. Pessoas das mais variadas índoles, convicções ou crenças. Este movimento fez surgir vários vilarejos prósperos ao longo do Rio do Peixe, como Bom Retiro, Capinzal e Videira. As atividades comerciais e industriais sofreram um grande impulso com a vinda de descendentes ítalo-germânico, o que vamos verificar na variedade de indústrias que existiam em Campos Novos nas décadas de 1930 e 1940. Porém, trouxe também, a desapropriação. Muitas pessoas que viviam há tempos naquelas terras ao longo da ferrovia foram desalojadas, sem indenizações.

Como muitos municípios da região, Campos Novos começou a ser povoado a partir das primeiras tentativas de colonização feitas no sul. Em 1814 uma expedição do Major Atanagildo Martins, pretendia entrar em contato com as missões. Porém, desviou-se do rumo porque temia um ataque dos índios guaranis. Nessa expedição, o grupo percorreu as terras onde é hoje a cidade, mas resolveram seguir em frente.

A colonização de Campos Novos teve início entre 1825 e 1830, quando se estabeleceu na região o fazendeiro João Gonçalves de Araújo, procedente de Curitibanos. Mais tarde vieram muitos gaúchos que fugiram da guerra dos Farrapos. Igualmente, vários fazendeiros oriundos de Lages também se instalaram na região, incentivados pela quantidade de terras e as pastagens. Em seguida vieram os paranaenses e paulistas, com o objetivo de obterem terras ideais para a criação de gado. Várias famílias se instalaram na região, por encontrarem fazendas a preços convidativos.

Em 1854, Campos Novos foi elevada a categoria de distrito do então município de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (hoje Lages) e já teve um território com mais de 5.000 km². Entretanto, apesar dos desmembramentos, hoje Campos Novos ainda é um dos maiores municípios de Santa Catarina, em termos de dimensão territorial.

De 1869 a 1881, Campos Novos pertenceu a Curitibanos, quando através da Lei nº 923 de 30 de março de 1881, foi criado o município de Campos Novos, tendo como limites: Lages, Curitibanos e Palmas. É importante ressaltar que entre 1850 a 1895, a província de Santa Catarina contava com apenas 11 municípios.

O primeiro prefeito de Campos Novos foi o Coronel Manoel Ferreira da Silva Farrapo.

Também há a importância do Tropeirismo para o contexto camponovense, pois lá passavam tropas oriundas dos pampas gaúchos. Durante muito tempo, os tropeiros traziam notícias, novidades e foram eles que introduziram o chimarrão, o churrasco e a indumentária gaúcha.

Em 07 de julho de 1900, nasce em Campos Novos o Dr. Jose Athanásio, que em 1922 formou-se médico e clinicava em sua própria casa, onde neste local foi fundado o Hospital Dr. José Athanásio.

Os primeiros anos do século XX, em Campos Novos foram marcados pela chegada do trem, da ferrovia SP-RG e pela Guerra do Contestado. Entre os anos de 1908 a 1910 vieram pessoas de diversas nacionalidades: poloneses, russos, libaneses. Também deslocaram-se para a região pessoas de outras cidades catarinenses, paranaenses, paulistas, nordestinas e grande número de descendentes de alemães e italianos na maioria gaúchos, principalmente após o término da Guerra do Contestado (1912-1916).

Em 1919 foi inaugurado o novo edifício da Prefeitura Municipal que funcionou até 1975, com a inauguração da atual Prefeitura. Durante anos, a antiga Prefeitura abrigou o Fórum de Justiça e a Câmara Municipal. Devido ao valor histórico e estilo arquitetônico a edificação foi tombada, pois é um instrumento de memória coletiva e uma referência na trajetória histórico-cultural do povo camponovense.


Prefeitura Municipal de Campos Novos
 
Na segunda metade do século XX foi marcada por acontecimentos importantes em Campos Novos. Em 29 de março de 1954, houve a fundação do Colégio Auxiliadora e em 1957 foi fundada a Rádio Cultura de Campos Novos. A Iniciativa pioneira desses senhores foi de promover aos camponovenses o acesso às informações e à cultura. A emissora foi readquirida em 1958, pelo saudoso Padre Quintílio Costini que foi um grande educador e articulador do desenvolvimento econômico e social de Campos Novos.

Com a criação da Copercampos em 08/11/1970, o cooperativismo chegou em Campos Novos dando novo alento aos agricultores e graças a soma de esforços o município passou a ser considerado do "Celeiro Catarinense" como o maior produtor de grãos do estado. A agricultura despontou como uma nova opção econômica já que o chamado "Ciclo da Madeira" em Campos Novos chegara ao fim com o esgotamento das reservas naturais.

                                                   Coopercampos - Campos Novos / SC



Em 12 de outubro de 1977 aconteceu a 1ª Romaria em honra de Nossa Senhora Aparecida, que em poucos anos se tornou um grande evento religioso, reunindo milhares de peregrinos devotos da Padroeira do Brasil.

 Procissão da 41ª Romaria de N. Sra Aparecida - 2018



O desenvolvimento econômico foi acompanhado pelo cultural, por que além do ensino fundamental e médio, em 1991 foi inaugurada as instalações do Campus da Uiversidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC.

 Campus UNOESC - Campos Novos

A Cooperativa Camponovense – Coocam foi inaugurada em 1993, dando mais impulso ao município no cenário de grande produtor de grãos e com uma pecuária de alto padrão genético.

 Cooperativa Camponovense – Coocam




Considerado do "Celeiro Catarinense", as atividades agropecuárias predominam em sua economia, com destaque para o cultivo de milho, soja, feijão, trigo e cevada e outras culturas de menores proporções. Na pecuária, destaque para a produção de leite, que atinge mais de um milhão de litros por ano, distribuídos pelas raças Charolesa, Santa Gertrudes, Jersey e Holandesa. Vários de seus exemplares são distinguidos com prêmios de qualidade em várias exposições por todo o Brasil. Há também uma desenvolvida produção de mel, com quase cinco mil colmeias e uma associação no setor: a Apicampos.

O desenvolvimento de Campos Novos está diretamente ligado a sua posição geográfica, situada no encontro das rodovias BR-282, BR-470, SC-455, SC-458 e SC-456. O município localiza-se num raio de 380 km dos principais portos do litoral e capitais como Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Campos Novos é considerado o Epicentro do Mercosul, pois é passagem obrigatória para o mesmo.


Igreja Matriz São João Batista em Campos Novos - SC

                                                   Igreja Matriz São João Batista
 
Localizada no centro da cidade de Campos Novos-SC, em frente a Praça Lauro Müller, seu interior é decorado com esculturas em madeira, belos vitrais e pinturas que envolvem os fiéis fazendo-os sentir parte daquele momento descrito através de desenhos. O painel pintado no presbitério, que retrata cenas como o Batismo de Jesus, chama a atenção do visitante.

Em Junho, a igreja organiza a tradicional Festa de São João Batista, com fogueira, bingo, baile e barracas. Em 12 de Outubro, milhares de fiéis partem dali para a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, com destino ao Santuário, no bairro Aparecida, a 2 km de distância. A PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA foi criada em 1882.



Sobre WALMIR BINHOTTI e a “Arte Sacra” na Igreja Matriz de Campos Novos-SC:

Nascido em Florianópolis SC, em 1970, aos 13 anos de idade já desenhava profissionalmente figuras e letras. Autodidata, seu talento foi se desenvolvendo, levando-o às artes sacras.
Em 2005, pintou a parede do altar do Santuário Nossa Senhora Aparecida de Campos Novos SC, com o título “Pesca Milagrosa”; e em 2006 retornou para pintar 15 telas retratando a via sacra;
Em 2007/2008, Walmir Binhotti, trabalhou 13 (treze) meses na igreja matriz de S, J. Batista, e realizou obras nas paredes e no teto, bem como na parede dos fundos do altar.

Texto: Site Prefeitura de Campos Novos.

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