História
Praça Lauro Muller
As terras camponovenses tiveram como primeiros donos os indígenas. Os Kaigangs habitavam essa região e viviam
da pesca e caça, coletavam raízes e frutos das matas, pinhão, amora, jabuticaba
e pitanga. Os europeus foram ocupando gradativamente as terras indígenas a
partir dos séculos XVII e XVIII.
A construção da estrada de
ferro São Paulo – Rio Grande do Sul e o movimento de tropeiros que cruzavam por
esta região vindos do Rio Grande do Sul com destino a São Paulo trouxeram
também muita gente de outras regiões. Pessoas das mais variadas índoles,
convicções ou crenças. Este movimento fez surgir vários vilarejos prósperos ao
longo do Rio do Peixe, como Bom Retiro, Capinzal e Videira. As atividades
comerciais e industriais sofreram um grande impulso com a vinda de descendentes
ítalo-germânico, o que vamos
verificar na variedade de indústrias que existiam em Campos Novos nas décadas
de 1930 e 1940. Porém, trouxe também, a desapropriação. Muitas pessoas que
viviam há tempos naquelas terras ao longo da ferrovia foram desalojadas, sem
indenizações.
Como muitos municípios da
região, Campos Novos começou a ser povoado a partir das primeiras tentativas de
colonização feitas no sul. Em 1814 uma expedição do Major Atanagildo Martins,
pretendia entrar em contato com as missões. Porém, desviou-se do rumo porque
temia um ataque dos índios guaranis. Nessa expedição, o grupo percorreu as
terras onde é hoje a cidade, mas resolveram seguir em frente.
A colonização de Campos Novos
teve início entre 1825 e 1830, quando se estabeleceu na região o fazendeiro
João Gonçalves de Araújo, procedente de Curitibanos. Mais tarde vieram muitos
gaúchos que fugiram da guerra dos Farrapos. Igualmente, vários fazendeiros
oriundos de Lages também se instalaram na região, incentivados pela quantidade
de terras e as pastagens. Em seguida vieram os paranaenses e paulistas, com o
objetivo de obterem terras ideais para a criação de gado. Várias famílias se
instalaram na região, por encontrarem fazendas a preços convidativos.
Em 1854, Campos Novos foi
elevada a categoria de distrito do então município de Nossa Senhora dos
Prazeres de Lages (hoje Lages) e já teve um território com mais de 5.000 km².
Entretanto, apesar dos desmembramentos, hoje Campos Novos ainda é um dos
maiores municípios de Santa Catarina, em termos de dimensão territorial.
De 1869 a 1881, Campos Novos
pertenceu a Curitibanos, quando através da Lei nº 923 de 30 de março de 1881,
foi criado o município de Campos Novos, tendo como limites: Lages, Curitibanos
e Palmas. É importante ressaltar que entre 1850 a 1895, a província de Santa
Catarina contava com apenas 11 municípios.
O primeiro prefeito de Campos
Novos foi o Coronel Manoel Ferreira da Silva Farrapo.
Também há a importância do Tropeirismo para o contexto camponovense, pois lá passavam tropas
oriundas dos pampas gaúchos. Durante muito tempo, os tropeiros traziam
notícias, novidades e foram eles que introduziram o chimarrão, o churrasco e a
indumentária gaúcha.
Em 07 de julho de 1900, nasce
em Campos Novos o Dr. Jose Athanásio, que em 1922 formou-se médico e clinicava
em sua própria casa, onde neste local foi fundado o Hospital Dr. José Athanásio.
Os primeiros anos do século
XX, em Campos Novos foram marcados pela chegada do trem, da ferrovia SP-RG e
pela Guerra do Contestado. Entre os anos de 1908 a 1910 vieram pessoas de
diversas nacionalidades: poloneses, russos, libaneses. Também deslocaram-se
para a região pessoas de outras cidades catarinenses, paranaenses, paulistas,
nordestinas e grande número de descendentes de alemães e italianos na maioria
gaúchos, principalmente após o término da Guerra do Contestado (1912-1916).
Em 1919 foi inaugurado o novo edifício da Prefeitura Municipal que
funcionou até 1975, com a inauguração da atual Prefeitura. Durante anos, a
antiga Prefeitura abrigou o Fórum de Justiça e a Câmara Municipal. Devido ao
valor histórico e estilo arquitetônico a edificação foi tombada, pois é um
instrumento de memória coletiva e uma referência na trajetória
histórico-cultural do povo camponovense.
Prefeitura Municipal de Campos Novos
Na segunda metade do século XX
foi marcada por acontecimentos importantes em Campos Novos. Em 29 de março de
1954, houve a fundação do Colégio
Auxiliadora e em 1957 foi fundada a Rádio
Cultura de Campos Novos. A Iniciativa pioneira desses senhores foi de
promover aos camponovenses o acesso
às informações e à cultura. A emissora foi readquirida em 1958, pelo saudoso
Padre Quintílio Costini que foi um grande educador e articulador do
desenvolvimento econômico e social de Campos Novos.
Com a criação da Copercampos em
08/11/1970, o cooperativismo chegou em Campos Novos dando novo alento aos
agricultores e graças a soma de esforços o município passou a ser considerado
do "Celeiro Catarinense" como o maior produtor de grãos do estado. A
agricultura despontou como uma nova opção econômica já que o chamado
"Ciclo da Madeira" em Campos Novos chegara ao fim com o esgotamento
das reservas naturais.
Em 12 de outubro de 1977
aconteceu a 1ª Romaria em honra de Nossa
Senhora Aparecida, que em poucos anos se tornou um grande evento religioso,
reunindo milhares de peregrinos devotos da Padroeira do Brasil.
Procissão da 41ª Romaria de N. Sra Aparecida - 2018
O desenvolvimento econômico
foi acompanhado pelo cultural, por que além do ensino fundamental e médio, em
1991 foi inaugurada as instalações do Campus
da Uiversidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC.
Campus UNOESC - Campos Novos
A Cooperativa Camponovense – Coocam foi inaugurada em 1993, dando
mais impulso ao município no cenário de grande produtor de grãos e com uma
pecuária de alto padrão genético.
Cooperativa Camponovense –
Coocam
Considerado do "Celeiro
Catarinense", as atividades agropecuárias predominam em sua economia, com
destaque para o cultivo de milho, soja, feijão, trigo e cevada e outras
culturas de menores proporções. Na pecuária, destaque para a produção de leite,
que atinge mais de um milhão de litros por ano, distribuídos pelas raças
Charolesa, Santa Gertrudes, Jersey e Holandesa. Vários de seus exemplares são
distinguidos com prêmios de qualidade em várias exposições por todo o Brasil.
Há também uma desenvolvida produção de mel, com quase cinco mil colmeias e uma
associação no setor: a Apicampos.
O desenvolvimento de Campos
Novos está diretamente ligado a sua posição geográfica, situada no encontro das
rodovias BR-282, BR-470, SC-455, SC-458 e SC-456. O município localiza-se num
raio de 380 km dos principais portos do litoral e capitais como Curitiba,
Florianópolis e Porto Alegre. Campos Novos é considerado o Epicentro do
Mercosul, pois é passagem obrigatória para o mesmo.
Igreja
Matriz São João Batista em Campos Novos - SC
Igreja
Matriz São João Batista
Localizada no centro da cidade
de Campos Novos-SC, em frente a Praça Lauro Müller, seu interior é decorado com
esculturas em madeira, belos vitrais e pinturas que envolvem os fiéis
fazendo-os sentir parte daquele momento descrito através de desenhos. O painel
pintado no presbitério, que retrata cenas como o Batismo de Jesus, chama a
atenção do visitante.
Em Junho, a igreja organiza a
tradicional Festa de São João Batista, com fogueira, bingo, baile e barracas.
Em 12 de Outubro, milhares de fiéis partem dali para a Romaria de Nossa Senhora
Aparecida, com destino ao Santuário, no bairro Aparecida, a 2 km de distância.
A PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA foi criada em 1882.
Sobre WALMIR BINHOTTI e a
“Arte Sacra” na Igreja Matriz de Campos Novos-SC:
Nascido
em Florianópolis SC, em 1970, aos 13 anos de idade já desenhava
profissionalmente figuras e letras. Autodidata, seu talento foi se
desenvolvendo, levando-o às artes sacras.
Em
2005, pintou a parede do altar do Santuário Nossa Senhora Aparecida de Campos
Novos SC, com o título “Pesca Milagrosa”; e em 2006 retornou para pintar 15
telas retratando a via sacra;
Em
2007/2008, Walmir Binhotti, trabalhou 13 (treze) meses na igreja matriz de S,
J. Batista, e realizou obras nas paredes e no teto, bem como na parede dos
fundos do altar.
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Texto:
Site Prefeitura de Campos Novos.
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