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quinta-feira, 21 de março de 2019

Dia Internacional da Síndrome de Down


Dia Internacional da Síndrome de Down: todos
têm direito à vida inclusiva

Campanhas ao redor do mundo atuam para combater mitos e conscientizar as populações sobre a luta de pessoas com síndrome de Down por respeito e direitos iguais

A síndrome de Down não é uma doença. É uma alteração genética que ocorre na gestação durante a divisão das células do embrião.

“As pessoas têm em suas células 46 cromossomos, divididos em 23 pares. Nos indivíduos com Down, porém, em vez de dois cromossomos no par 21, existem três”, explica o clínico geral Roberto Debski.

No Brasil, estima-se que a população com a síndrome esteja perto de 300 mil pessoas.

Características

Pessoas com síndrome de Down possuem graus variáveis de comprometimento intelectual e, por isso, uma aprendizagem mais lenta, quando comparada a uma pessoa sem a síndrome.

Há também dificuldades motoras e atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, cardiopatias. Já as características físicas são: olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores com dedos curtos e orelhas pequenas.

Diagnóstico

De acordo com Debski, durante a gestação, o ultrassom morfológico fetal pode sugerir a presença da síndrome, que só é confirmada pelos exames de amniocentese e amostra do vilo corial.

Depois do nascimento, o diagnóstico clínico é comprovado por um exame que estuda os cromossomos.

O primeiro impacto
“A notícia causa aos pais emoções como medo, raiva e tristeza – reações primitivas naturais e esperadas em seres humanos, especialmente porque os coloca diante da possibilidade da morte, das incapacidades e da desconstrução de sonhos pré-idealizados. Por isso, devem ter paciência para viver o presente (e tentar não deixar a ansiedade falar mais alto), coragem para cumprir os cuidados e resiliência para encontrar serenidade no cenário de adversidade”, diz Flávia Nardes, neuropediatra da Clínica Infanti (SP).

A especialista afirma também que é importante que a família não rotule o filho com Down. “Todos somos seres muito maiores que as disfunções físicas. Portanto, aquele novo membro da família vai crescer, desenvolver-se, descobrir o mundo, aprender e vivenciar o amor daqueles que o cercam.”

Escola regular ou especializada?

“O ideal é que a criança com síndrome de Down frequente escolas regulares que fiquem, de fato, atentas às necessidades dela para que haja o melhor aproveitamento de aprendizado e desenvolvimento. Além disso, é importante que as crianças que não possuem a síndrome possam conhecê-la e, assim, incluí-la no seu convívio e acabar com o preconceito”, ressalta Marcia Lika Yamamura, pediatra, acupunturista e diretora do Center AO.

Amadurecimento pessoal e intelectual

Um indivíduo com síndrome de Down aos 20 anos, por exemplo, pode ter um funcionamento mental de um adolescente bem mais jovem, tanto no que se refere aos assuntos escolares como àqueles da vida social.

“Entretanto, não existe um ‘bloqueio’ do desenvolvimento emocional e cognitivo. As crianças e adolescentes vão continuar aprendendo habilidades nestes campos, porém, com um ritmo mais devagar do que alguém da mesma idade sem a síndrome”, esclarece Flávia.

Acupuntura proporciona bem-estar e alegria

Aliando a acupuntura, terapia complementar da Medicina Tradicional Chinesa, com a fisioterapia, psicologia e fonoaudiologia, é possível notar o melhor desenvolvimento do paciente.

“Essa combinação de tratamentos ajuda no equilíbrio emocional, melhora a qualidade do sono, auxilia no relaxamento muscular e diminui problemas respiratórios. Além disso, fortalece a imunidade e melhora a cicatrização de feridas”, finaliza Marcia.

A importância da estimulação precoce

Durante os primeiros anos de vida ocorrem várias modificações no sistema nervoso central que permitem a aquisição de diversas habilidades, como sentar, andar, correr, desenhar, falar, pensar e aprender.

“Por isso, quando uma criança com deficiência neurológica (e não apenas aquelas que têm síndrome de Down) inicia a estimulação em fases precoces da vida, a probabilidade de restabelecer conexões neuronais inexistentes e de fortalecer conexões fracas aumenta”, afirma Flávia. Ou seja: crianças com a síndrome podem fazer tudo.


Fonte: Site UOL

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