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sexta-feira, 1 de março de 2019

Resumo Arcadismo em Portugal


Contexto Neoclassicismo

Movimento cultural na Europa no século XVIII até meados do século XIX com base nos ideais Iluministas e interesse pela cultura da Antiguidade Clássica. É uma busca da moderação, equilíbrio e harmonia em reação aos excessos dramáticos e decorativos do Barroco e do Rococó.

Arcadismo – Conceito

O Arcadismo, Setecentismo ou Neoclassicismo, faz referência à Arcádia, região bucólica do Peloponeso na Grécia, tida como ideal de inspiração poética.

Retrata o desejo pela natureza, poesia pastoril, exaltação ao Bucolismo.
Os textos são mais simples, com circulação mais ampla para a divulgação das ideias, predomínio da ordem direta (sujeito, verbo, objeto), rigor formal, presença do equilíbrio e da harmonia.

Busca racional com denúncia da vida luxuosa da nobreza na corte.

O Rococó retrata o luxo e a ostentação, os neoclássicos acusam a pintura Rococó por não ter um engajamento político, real pois, deve-se cortar o inútil e eliminar o rebuscamento do Barroco.

Arcadismo em Portugal

Em 1756 ocorreu a fundação da Arcádia Lusitana, foi a primeira Academia Literária Portuguesa, entidade que se reuniam intelectuais e artistas para discutirem Arte. O grupo no início queria acabar com as inutilidades, o exagero e o rebuscamento deixados pelo estilo Barroco.

Bocage

Manuel Maria Barbosa du Bocage, poeta Árcade Português, principal escritor do período (1765-1805). Pseudônimo "Elmano Sadino" (Elmano era um anagrama do seu primeiro nome Manuel e Sadino fazia referência ao rio Sado em Setúbal).

Foi na lírica em especial nos sonetos, que Bocage atingiu o ponto mais alto de sua obra, com destaque também para o poema satírico e erótico.

Seu destaque se dá porque sua obra está em um período transitório marcado por mudanças, como a Revolução Francesa e o florescimento do Romantismo.

Poesias Líricas: Foram duas linhas, uma árcade, seguida do convencionalismo obediente e outra marcada pelo pessimismo e pela melancolia.

Trecho Poema Árcade:

Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?...

Poesias Satíricas: Representava a exposição dos problemas e mazelas de seu tempo em linguagem forte, com direção aos poderosos e colegas da Academia. Também tinha a exploração da temática sexual em seus poemas.

Trecho Poesia Satírica:

Não lamentes, oh Nise, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putíssimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes puta tem reinado...

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