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segunda-feira, 5 de março de 2018

Quando o pai cuida do filho, ele não está “ajudando”, está exercendo a paternidade


Luiza Fletcher
 
Os pais são tão valiosos e responsáveis pelos filhos quanto as mães, e suas atitudes em relação aos filhos e à casa não são ajuda, são responsabilidade.


Muitos tendem a acreditar que as principais funções em relação aos filhos são naturalmente da mãe, por ela ter carregado a criança em seu ventre por 9 meses e também a concebido. Essa crença é transmitida de geração em geração em muitas famílias, e em muitos casos faz com que os pais acreditem que não têm verdadeira responsabilidade com os filhos, o que está errado.

A figura do pai e da mãe são igualmente fundamentais para que a criança cresça com saúde mental, emocional e física. Por mais que os primeiros contatos sejam com a mãe, os pais não devem ser aquela figura distante e autoritária, o mundo já não pensa mais dessa maneira, e essa ideia deve ser esquecida.

A responsabilidade com os filhos é igual para pai e mãe. Por isso, quando um pai ajuda a trocar as fraldas, dá banho, ensina e cuida, ele não está “ajudando”, sendo “gentil”, apenas está cumprindo com a sua função e exercendo a paternidade, que apesar dos desafios é uma das melhores fases na vida de uma pessoa.

Precisamos mudar essa realidade primeiro em nossas casas, e depois no mundo todo. Os pais são tão valiosos e responsáveis pelos filhos quanto as mães, e suas atitudes em relação aos se à casa não são ajuda, são responsabilidade. Um pai de verdade está sempre presente e assume a responsabilidade.

Como os cérebros dos homens mudam durante a educação

Todos sabemos que as mulheres sofrem diversas transformações durante a gravidez e depois da concepção do bebê. O vínculo que criam com a presença, cuidado e amamentação reestruturação os cérebros das mães, trazendo mais maturidade e responsabilidade, colocando o bem-estar da criança sempre em primeiro lugar.

Além disso, experimentam um aumento de ocitocina e mudança da sinapse neuronal, o que aumenta a sensibilidade e a percepção, para que a mãe esteja sempre consciente do estado de seu bebê.

Mas e quanto aos pais, será que seus cérebros mudam com a chegada do filho ou eles apenas acompanham as transformações do lado de fora?

Segundo um estudo realizado na Universidade Bar-Ilan, em Israel, “se um homem tem um papel primordial de cuidar de seu bebê, experimenta a mesma mudança neuronal de uma mulher.”

No estudo, foram realizados diversos exames cerebrais, em pais diversos pais, e os resultados mostraram que suas amígdalas tinham atividade 5 vezes mais intensa do que o normal. Esse aumento se relaciona diretamente ao alerta de perigo e uma maior sensibilidade ao mundo emocional dos bebês.

Outro fato muito interesse é que o nível de oxitocina dos pais presentes, e que desempenham o papel principal na família é das mães mais presentes. Isso mostra que a conexão verdadeira não é um privilégio apenas das mães.

Exercendo a paternidade e maternidade com responsabilidade

Nem todas as famílias oferecem um ambiente saudável para as crianças crescerem. Muitos pais e mãe não sabem como exercer o seu papel e se tornam tóxicos, presentes, ausentes ou agressivos demais com os filhos, e deixam marcas muito profundas em suas almas e espíritos. A criação de um filho é um desafio para muitos de nós, mas é sempre necessário sabermos as melhores maneiras de lidar com essa nova fase da vida, para que seja um período de muita felicidade e união para todos da família.

A criação saudável de uma criança não está incumbida a apenas um dos pais. Deve ser um trabalho conjunto de muito amor, presença e equilíbrio. Responsabilidades precisam ser divididas com muito cuidado e se adequando ao padrão de cada família.

O mais importante é que haja cumplicidade nos bons e maus momentos e que ambos estejam comprometidos a darem o seu melhor pela criança que se tornará exatamente o que seus exemplos as ensinarem.

Por famílias em que as responsabilidades sejam mais divididas e alegrias compartilhadas!

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