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domingo, 20 de janeiro de 2019

Tempo, tempo, tempo...


Josielly Pinheiro Westphal

Paciência. Pra viver, pra deixar acontecer, pra esperar a hora certa chegar. Paciência pra compreender as demoras, pra esperar as chegadas, pra aceitar as partidas. Paciência pra deixar que tudo aconteça em seu tempo.

Paciência. Pra viver, pra deixar acontecer, pra esperar a hora certa chegar. Paciência pra compreender as demoras, pra esperar as chegadas, pra aceitar as partidas. Paciência pra deixar que tudo aconteça em seu tempo. Paciência pra não apressar o rio, pra deixar que ele sozinho faça o seu curso. Desacelerar, sossegar, esperar… verbos cada vez mais citados e em contrapartida cada vez menos usados. Queremos e queremos pra agora, de preferência pra ontem. Jogamos a semente na terra e já esperamos colher os frutos no dia seguinte. Iniciamos uma nova carreira e já queremos logo ocupar um lugar de destaque. Conhecemos alguém ontem e já começamos a planejar o casamento e a lua de mel nas ilhas maldivas. Terminamos um relacionamento e já queremos que a ferida cicatrize horas depois. Esquecemos que pra nascer demoramos nove meses, esquecemos que a natureza tem seus ciclos, esquecemos que o sol não nasce e nem se põe atrasado ou adiantado. Tudo tem seu tempo certo pra acontecer: começos, recomeços, términos, inícios. Nos cabe aguardar o tempo de esperas, nos cabe entender o ciclo de amadurecimento de tudo que nos acontece, nos cabe compreender que o meu tempo nem sempre é o tempo do outro. Passamos apressados pela vida, ansiamos logo o fim de semana, ansiamos o fim de ano, ansiamos a cura imediata de todas as nossas dores… Mas, é preciso entender que o tempo é necessário para curar feridas, aplacar dores, colocar a bagunça em ordem, amadurecer os relacionamentos, silenciar as mágoas. Que a gente tenha sabedoria pra compreender as demoras, que tenha calma pra esperar as aberturas ou os fechamentos de ciclo, que tenha paciência pra esperar o momento certo de cada conquista e que sobretudo, tenha maturidade pra entender que diferente do relógio cronológico, o relógio da nossa vida não obedece a comandos matemáticos e pré-programados. Aliás, não há relógios pra marcar os acontecimentos da nossa vida, eles seguem seu próprio curso, quer queiramos ou não. Então, que saibamos viver e aproveitar o que cada fase tem a nos ensinar, sem perder a esperança no que almejamos mas sem deixar de aproveitar o percurso que nos levará até lá.

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