SWING
Refere-se à troca
sexual de parceiros entre dois casais. Seus praticantes geralmente buscam se
livrar de monotonia que tanto atormenta a maioria dos casais de longa data. O
swing é quando dois casais se encontram ocasionalmente para trocar de parceiros
em busca de diversificar o sexo, não havendo troca romântico-objetivas.
Diferente do
relacionamento aberto, a prática do Swing nunca acontece separadamente e exige
concordância prévia entre os parceiros. Ou seja, os amantes não podem se
encontrar à sós com mais alguém. Quando isso acontece, considera-se traição e,
consequentemente, gera discórdia entre o casal. Por conta disso, os swingers
são considerados monogâmicos.
No poliamor, os
parceiros não buscam por casais. Cada um pode ter quantas relações afetivas
quiser independente do outro. Além disso, aqui sexo não é objetivo como
acontece entre swingers, sim consequência.
Swing é basicamente,
troca de casais por sexo ou o acréscimo de mais uma pessoa à relação sexual. Em
várias partes do mundo há casas de encontro de swingers. São casais que têm a
fantasia de se divertir e tirar a monotonia numa troca de parceiros sexuais com
mais um parceiro ou outro casal (casal com mais de dois parceiros se considera
orgia).
Não há, inicialmente
nenhum interesse de um relacionamento mais íntimo ou profundo. Geralmente os
mesmos casais não se veem vezes demais para não criar vínculos afetivos muito
fortes e os encontros permanecerem; apenas “negócios”. Os casais nunca se
separam e a escolha é feita de comum acordo.
Vale ressaltar que o
relacionamento aberto se diferencia do swing, onde o que ocorre é uma troca de
casais em busca exclusivamente de sexo. No swing o casal não deixa de ser
monogâmico, apenas curte sexo com outros casais. É uma fantasia, e nunca o
foram separadamente. No relacionamento o casal é “não-monogâmico”, tendo isso
como filosofia de vida e não uma fantasia ou diversão, reservando o amor para
ser vivido entre os parceiros, mas liberando o desejo para ser vivido com
outras pessoas, podendo ou não viver esses relacionamentos extraconjugais
conjuntamente.
POLIAMOR
O
poliamor é uma nova modalidade de relação amorosa e significa a prática e o
desejo de ter mais de uma relação íntima ao mesmo tempo, com o conhecimento e
consentimento de todas as partes envolvidas. É uma prática moderna
não-monogâmica, ética e consensual que defende ser possível e aceitável amar
várias pessoas ao mesmo tempo e manter múltiplos relacionamentos íntimos[1],
desde que não sejam sexualmente exclusivas, ou seja, desde que não tenha como
fins somente e unicamente a relação sexual.
De
fato, ter muitas relações sexuais não é o objetivo dos praticantes do poliamor,
sendo que, possivelmente, a maioria deles tem menos parceiros sexuais que
afirmam ser monogâmicos. (KLESSE, 2006).
Habitualmente,
esse tipo de relacionamento é idealmente constituído sobre valores de lealdade,
honestidade, confiança, negociação de limites, capacidade e superar o ciúme e a
possessividade. A comunicação auto-responsabilidade, emoção e intimidade.
Geralmente os praticantes do poliamor são confundidos com as pessoas
interessadas em sexo casual, no swing e nas relações abertas.
A
diferença entre o poliamor e o swing é de que o swing as pessoas,
habitualmente, não se apaixonam por outras, enquanto no poliamor existe a
partilha de sentimentos amorosos por várias pessoas que se respeitam e amam-se
mutuamente.
Vale
ressaltar que o poliamor não é amor livre, porque ele advoga um relacionamento
amoroso firme, baseado na multiplicidade de parceiros e fidelidade entre os
mesmos. Embora ele possa ter muitas ideias do Amor Livre como o de alguns
poliamoristas que não aceitam o casamento, se caracterizam como um movimento
distinto, ainda que possa ter herdado influências.
Poliamor
não é um relacionamento aberto, porque poliamoristas são a favor da liberação
amorosa, e não simplesmente sexual. São a favor de que seus parceiros
igualmente namoram ou “casem” com outras pessoas, sentindo por elas o mesmo
amor e sentimento que tem por seus parceiros “iniciais”, coisas que o
Relacionamento aberto em si não admite.
POLIAMOR
E SWING
Um
novo grupo recentemente se destacou do grupo de Poliamoristas: são os
Poliswingers.
Poliswingers
são polismoristas que adotam a prática do swing. Neste caso, uma família
poliamorista de, por exemplo, três pessoas, busca por um casal ou outra família
poliamorista interessada em somente trocar parceiros numa relação sexual, sem
qualquer intenção de se envolver emocionalmente com eles ou fazer acréscimos
românticos à família.
Poliswingers
são bem poucos. Embora procurar o amor em nossas relações, não é regra que
todos acreditem que não se deva curtir o sexo por si só. Apenas, permanece
sendo uma fantasia, uma diversão, algo que não torna o primeiro lugar em suas
relações. Muitos de nós, não usamo-nos dessa prática, uma prática diferente de
se relacionar, e merece respeito.
DIFERENÇAS
Na
relação aberta, o casal não faz pacto de exclusividade, mas os códigos
continuam sendo de um casal: geralmente um não quer saber sobre os parceiros do
outro. Nesse tipo de relacionamento, as classes extraconjugais estão mais
ligados ao sexo.
A
poligamia, em que se permite o casamento com mais de uma pessoa, divide-se em
duas vertentes. A mais comum é a poliginia – casamento de homem com várias
mulheres. Já a poliandria – casamento de uma mulher com vários homens – é mais
restrita e menos aceita.
No
swing, ou troca de casais, o envolvimento é puramente sexual. Inclusive há
regras para que não passe disso e invada a esfera emocional. “O swing é para
poucos. É preciso ter uma estrutura psicológica especial e forte para se
relacionar dessa maneira”. Analisa o psicólogo paulista Ailton Amélio da Silva[2].
Poliamor
não é swing, porque os parceiros não buscam por casais nem buscam por sexo; não
buscam por sexo, não se caracterizam como monogâmicos, nem buscam diversão ou
viver uma fantasia, mas um relacionamento fixo, sério e duradouro.
REFERÊNCIAS
BAKER, M.; REFOIOS, Sofia Melo. This is my partner, and this is my partner:
constructing a polyamorous identity in a monogamouns world. Journal of
Constructivist Psychology, 18, 2005, p. 75-88.
http://www.eusoqueriaumcafune.com/2009/08/entrevista-poliamor-o-fim-do-amor.html
http://pt.wikiipedia.org/wiki/amor_livre
http://pt.wikiipedia.org/wiki/swing_(sexo)
KLESSE, C. Poliamory
and it’s others’: contesting the terms of mon–monofamy. Sexualities,
9 (5), 2006, p. 565-583.
SILVA, Ailton Amélio da. Blog: http://ailtonamelio.blogspot.com
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