Xanxerense recorda momentos vividos no antigo cinema do município. Veja
as fotos!
O xanxerense Neri de Paula recorda de alguns momentos que vivenciou no
cinema.
Muito se fala sobre o antigo cinema que existia em Xanxerê. São várias
recordações de momentos marcantes que vários xanxerenses e moradores de
municípios próximos vivenciaram. As memórias da infância de grande parte da
população, também foram levadas pela enchente que atingiu o município em 1983 e
destruiu a estrutura do local.
De lá para cá, vários foram os assuntos abordados para, talvez, uma
possível reconstrução, porém, nada foi concretizado. O xanxerense Neri de Paula
recorda de alguns momentos que vivenciou no cinema. Na sua memória ele guarda a
apresentação de peças culturais, filmes e também shows.
“Eu lembro que as primeiras peças de teatro que vi na minha vida, foram
no cinema de Xanxerê. Vieram peças de Blumenau, Curitiba, as crianças vinham
das escolas e lotavam a estrutura. Fora isso, tinha os filmes, os quais
aguardávamos ansiosamente pelos domingos para poder ir assistir. Normalmente
era o filme dos Trapalhões, Tarzan, Teixeirinha, e Charles Chaplin”.
Neri começou a frequentar o cinema do município com oito anos. Segundo
ele, a fila para poder adentrar no local, nos domingos à tarde, era imensa.
“Lembro também das rádios fazendo propagandas imensas. Nem sempre as
pessoas tinham acesso aos shows, porque os ingressos eram caríssimos. Mas para
os filmes de domingo à tarde, todos faziam um esforço para prestigiar. Era
cinema, pipoca e sorvete. A alegria de todos estava garantida”.
Outra recordação de Neri, era quando as fitas dos filmes quebravam. “As
fitas às vezes arrebentavam, então o barulho de bater de pés das crianças, era
ensurdecedor, até não emendar, o barulho não parava. Era aventura com um pouco
de medo. Ficávamos deslumbrados com tudo”.
Apesar de todas as recordações, o xanxerense lamenta a não reconstrução
do local.
“O cinema era usado também para shows. Quando a enchente levou, destruiu
totalmente. O rio passava em baixo da estrutura, inclusive do palco. Depois
disso a cidade nunca mais teve um movimento para construir um cinema ou teatro.
E isso se paga caro até hoje, porque por mais que se tenha talento em vários
setores da arte, não há um espaço para que essas pessoas possam se apresentar”.
Fotos: Lembranças da enchente de 20 de Julho de 1983 guardadas por familiares
do Sr. Ivo Zolet (in memoriam):
Fonte: Lance Notícias
Percebe-se que a cidade sempre sofreu com as chuvas..
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