Setembro Amarelo: por que é tão relevante falar sobre a prevenção do
suicídio?
Conheça o movimento “Setembro Amarelo” e entenda a importância do
diálogo para a prevenção do suicídio.
Os casos de suicídio têm aumentando no mundo todo.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), só no Brasil, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos chegou a 5,6 por 100 mil habitantes em2014. A organização ainda afirma que muitas pessoas ainda consideram essa
hipótese e outras ainda podem ter obtido tentativas frustradas que não contam
nas estatísticas. Por isso, contribuir com ações para auxiliar a prevenção do
suicídio é muito importante.
Atualmente, a conscientização sobre a prevenção do suicídio
é muito forte no chamado Setembro
Amarelo, mês em que o assunto é tratado com mais ênfase.
Hoje, você vai entender melhor sobre a importância de
se conversar sobre suicídio e como
isso pode ajudar na prevenção.
O suicídio ainda
é um tabu
O suicídio vem, essencialmente, de um estado depressivo, que, por sua vez, pode ser causado por inúmeros gatilhos: falta
de dinheiro, solidão e problemas familiares são alguns dos fatores que podem
levar a essa tragédia.
Mas, mesmo com os números de suicídios cada vez mais
altos, o assunto ainda é considerado um tabu
para muitas pessoas.
Tendo em vista que tirar a própria vida é uma decisão
extrema para fugir do que é considerado um problema sem solução, a melhor forma
de evitá-lo é detectar quando a
possibilidade existe e agir a tempo.
A importância de
falar sobre suicídio
É comum que os pais evitem falar sobre suicídio com os filhos, na tentativa de minimizar a importância percebida pelo
adolescente de um determinado problema que observam, ou mesmo por que os filhos
não dão abertura suficiente para que o assunto seja discutido.
Para se ter uma ideia do quão importante é falar sobre
o tema, dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que o suicídio já é
a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
E não são só os adolescentes que não conversam sobre o
assunto: pessoas de qualquer idade
podem ter um bloqueio de falar sobre algo tão importante, como se abordar o
assunto fosse deixá-lo em evidência na cabeça de quem está depressivo.
Porém, a conversa pode abrir caminhos que passam longe
de “indicar uma possibilidade”, que seria o suicídio, para a pessoa que está
passando por uma crise.
A conversa pode abrir novas perspectivas e até alertar a outra pessoa para tomar medidas
mais drásticas para solucionar a situação.
Por isso é tão importante que a sociedade como um
todo, família, amigos, escola e grupos de trabalho, esteja atenta aos menores
sinais, disposta e preparada para discutir o tema e encaminhar a pessoa para um
tratamento que a trará um novo olhar
sobre a vida e a vontade de prosseguir.
Setembro amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do
suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade
do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de
Setembro desde 2015, por meio de identificação de locais públicos e
particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações.
Levar em conta
os menores sinais pode fazer a diferença
Muitas vezes, o diálogo até acontece. Porém, quem ouve
uma pessoa falar que não tem mais vontade de viver e que, muitas vezes, tem
vontade de tirar a própria vida, pode acabar por não dar a atenção devida a
essa fala tão séria.
Além de não
ignorar esse tipo de fala, também é preciso ficar atento a outros sinais
que são dados, que podem indicar a depressão e a vontade de se suicidar.
Confira alguns dos sintomas que devem ser acompanhados e levados a sério:
■ Tristeza
persistente;
■ postagens
relacionadas a suicídio ou depressão profunda nas redes sociais;
■ perda de
interesse em atividades que antes davam prazer;
■ fadiga;
■ falta de
energia;
■ alteração no
sono;
■ irritabilidade;
■ alterações no
apetite;
■ choro sem razão
aparente;
■ ideias de morte;
■ dores e
sentimento de inutilidade.
O Setembro
Amarelo e a difusão do assunto
O Setembro Amarelo é uma campanha iniciada pelo CVV(Centro de Valorização da Vida) que pretende dar mais visibilidade e
orientar a maior quantidade possível de pessoas sobre a importância de falar sobre o suicídio.
Para atingir a população, são feitas ações de rua,
como caminhadas e passeios de bicicleta que conscientizam as pessoas sobre a
importância de conversar sobre o tema e procurar acompanhamento psicológico ou psiquiátrico.
Se você conhece alguém que tem sintomas de depressão,
fala frequentemente sobre morte ou apresenta algum dos comportamentos que
abordamos acima, não hesite em procurar ajuda especializada.
Você pode salvar uma vida.
Combate ao suicídio: um caminho possível
Um nome bastante apropriado para uma campanha nobre
que visa a conscientização da população sobre o suicídio.
A campanha de prevenção ao suicídio, incentivada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), de iniciativa da Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP), tem como objetivo desmistificar
o tema e incentivar a conversa sobre o assunto, pois compreende que falar sobre
o tema ainda é a melhor solução, o caminho fundamental para evitar tragédias e
diminuir os índices.
Segundo dados de 2012 da OMS, no mundo, 800 mil
pessoas cometem suicídio ao ano. O número de tentativas é ainda mais
assustador: para cada caso de óbito, 20 outras tentativas são registradas.
O Brasil é o 8º país na lista de casos: foram 11.821
casos registrados em 2012. Na faixa etária entre 15 a 29 anos, é a segunda
causa de morte, ficando apenas atrás de acidentes de trânsito.
Números preocupantes que podem ser diminuídos com
campanhas de prevenção e conversas sobre o assunto. A meta até 2020 é conseguir
diminuir em 10% o índice de casos.
Matar a dor e
não tirar a vida
Pessoas que têm esse desejo, na verdade têm sede de
viver, mas dificuldades em enfrentar seus problemas.
Querem acabar com o problema, e não com a própria vida, mas não encontram solução para isso, caem
no erro.
As pessoas que sofrem dessa angústia precisam aprender
a usar o desejo de viver para superar essa dor, e desenvolver meios de enfrentar seus próprios medos, suas
dificuldades, os desafios, afinal, todo ser humano é falível e passível de
crises.
Solução, SIM!
De fato, lidar com essa questão não é simples. O
assunto é um grande tabu para muitos, temido em vários ambientes, desde
escolas, família, trabalho e, além disso, grande parte das pessoas que vivem
esse problema, mergulham no isolamento e com isso turbinam a sua dor.
Em muitos casos, os sinais são silenciosos e, por isso, a atuação da família ou mesmo
de um profissional, é mais difícil.
Falar sobre a
dor, o conflito que essa pessoa está vivenciando é o
primeiro passo para conseguir tratamento adequado.
Chorar, desabafar, expor seus sentimentos contribui
para nutrir a coragem de viver, além disso, expor as questões que o afligem
alivia a tensão e dá subsídio para a ajuda.
Não deveríamos, em hipótese alguma, ter vergonha das
nossas dificuldades, dos nossos medos, pois nenhum de nós atingimos a perfeição.
Como prevenir o
suicídio
Talvez você não saiba, mas é um
vencedor! Sim, somos todos vencedores!
Na corrida pelo direito à vida, nós subimos ao pódio.
Entre milhares de outros, nós, com muita garra e força de vontade, lutamos
contra tudo e todos e conseguimos conquistar a vitória.
Sem saber nadar, mergulhamos em um mar desconhecido e
chegamos no nosso destino.
Seria mais fácil enfrentar um leão faminto, mesmo
assim, não desistimos e lutamos até o fim, até conseguirmos atingir nosso
objetivo, não perdemos a força de
vontade, a paciência, a esperança, acreditávamos que aquele era nosso único
sonho e nos agarramos a ele e o realizamos.
Chegamos a vida, e aqui estamos, todos nós! Essa é a
nossa história, nós que hoje temos um corpo, nossos órgãos, passamos por uma
saga para conquistar essa vitória, éramos apenas um espermatozoide, único em
meio a outros que lutaram tanto quanto nós, mas não conseguiram, porque nós
conseguimos.
Somente alguém com uma força descomunal poderia vencer
essa corrida, e nós vencemos!
Deixar essa conquista se perder, certamente não é a
melhor opção. Todos nós precisamos aprender a desenvolver habilidades
socioemocionais para conseguir lidar de forma saudável com nossas perdas e frustrações.
É importante buscarmos o autoconhecimento, a compreender quem somos, quais são nossos medos,
nossas angústias, mas principalmente quais são nossas alegrias, o que nos
deixam felizes e as habilidades que se destacam em nosso ser.
Quando nos conhecemos, fica mais fácil de enfrentar o
que nos aflige e assim, nos faz conquistar a autoconfiança.
Acreditar em si é um grande passo para conquistar a coragem de viver e retomar o fôlego da
vida.
O grande
potencial em você
Ao desenvolvermos o autoconhecimento e a autoconfiança nossa autoestima é nutrida. É fundamental
reconhecer que somos únicos, especiais, perfeitos e belos, isso nos carrega de
alegria e permite que nossa coragem de viver dê um drible nos estímulos
estressantes, ou seja, em tudo aquilo que nos tira a paz.
Estimular a autoestima contribui para pensarmos de
forma clara e leve e desenvolver um olhar multifocal sobre nossas angústias, nossa
desesperança.
Quando fortalecemos o nosso ser, o nutrimos com nossa
autoestima e o protegemos com nossa autoconfiança, conseguimos desenvolver a resiliência, a capacidade de lidar com
nossas contrariedades, de nos renovarmos mesmo sofrendo frustrações e nos
erguermos após nossas quedas.
A resiliência é o poder de ser forte diante dos
percalços da vida, frente às desesperanças e mesmo assim continuar a caminhada.
Sonhe
Sonhos nos motivam a acordar, a superar nossos
desafios, nos encorajam a lutar e nos inspiram a criar.
Qual o seu sonho? O que você quer conquistar?
Mas, se o sonho não existe, como devemos fazer?
Procure em si o que te causa prazer, satisfação.
Todos nós conseguimos sentir prazer em alguma prática,
seja um esporte, uma leitura, um cinema, conversar com as pessoas, andar pelo
parque, fazer ou comer uma deliciosa comida, então busque realizar essa
atividade que faz sentir-se bem e a partir dela, tente desenvolver o seu sonho.
Os sonhos aliviam as dores, trazem esperança, renovam
as forças após a derrota e alimentam a esperança nos momentos de perda.
Sonhos são capazes de transformar a inteligência
e plantá-la em solo fértil. Os sonhos nos motivam a acordar, a lutar pelo que
queremos e nos leva a conquistar.
Portanto, sonhe e não apenas cultive-os, mas
realize-os, vá atrás daquilo que faz você sentir-se bem além de diminuir os
efeitos do medo, eles trarão felicidade, garra e prazer em viver.
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