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sábado, 6 de outubro de 2018

Corrupção se combate com educação


Conforme o dicionário, corrupção é adulterar, corromper, estragar, viciar-se.

Nos dias em que vivemos muito se tem falado a respeito da corrupção. E, quase sempre, direcionando as setas para os poderes públicos. 

Pensamos que corrupção esteja intimamente ligada aos que exercem o poder público.

Está de tal forma disseminada entre nós, que, com certeza, muito poucos nela não estejamos enquadrados.

Vejamos alguns exemplos.

Quando produzimos algo com qualificação inferior, para auferir maiores lucros, e vendemos como de qualidade superior, estamos sendo corruptos.

Atos como o do funcionário que se oferece para fazer, em seus dias de folga, o mesmo serviço, a preço menor, do que aquele que a empresa a que está vinculado estabelece.

Esquece que tem seu salário pago pelos donos da empresa para quem deveria estar trabalhando, de verdade. Desviando clientes, está desviando a finalidade da sua atividade, configurando corrupção.

Corrupção é sermos pagos para trabalhar oito horas e chegarmos atrasados, ou sairmos antes, pedindo que colegas passem o nosso cartão pelo relógio eletrônico. 

É conseguir atestados falsos, de profissionais igualmente corruptos, para justificar nossa ausência do local de trabalho, em dias que antecedem feriados. 

Desvio de finalidade: deveríamos estar trabalhando, mas vamos viajar ou passear. 

É promovermos a quebra ou avaria de algum equipamento na empresa, a fim de termos algumas horas de folga. 

É mentirmos perante as autoridades, desejando favorecer a uns e outros em processos litigiosos. Naturalmente, para ser agradáveis a ditos amigos que, dizem, quando precisarmos farão o mesmo por nós.

Corrupção é aplaudir nosso filho que nos apresenta notas altas nas matérias, mesmo sabendo que ele as adquiriu à custa de desavergonhada cola.

E que dizer dos que se oferecem para fazer prova no lugar do outro? Ou realizar toda a pesquisa que a ele caberia fazer? Assim, a partir de agora, passemos a examinar com mais vagar tudo que fazemos. 

Desejamos, acaso, que a situação que vivemos em nosso país tenha prosseguimento? 

Ou almejamos uma nação forte, unida pelo bem, disposta a trabalhar para progredir, crescer em intelecto e moralidade? 

Em nossas mãos, repousa a decisão.

Se desejarmos, podemos iniciar a poda da corrupção hoje mesmo, agora. E se acreditamos que somente um de nós fazendo, tudo continuará igual, não é verdade. 

Os exemplos arrastam. 

Se começarmos a campanha da honestidade, da integridade, logo mais os corruptos sentirão vergonha.

Receberão admoestações e punições, em vez de aplausos. 

E, convenhamos se não houver quem aceite a corrupção, ela morrerá por si mesma. 

Pensemos nisso. E não percamos tempo.

Não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem do sem-caráter, nem da sem-ética. "O que mais preocupa é o silêncio dos bons!"

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