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domingo, 30 de setembro de 2018

Artigo Mundo poliamoroso


SWING

Refere-se à troca sexual de parceiros entre dois casais. Seus praticantes geralmente buscam se livrar de monotonia que tanto atormenta a maioria dos casais de longa data. O swing é quando dois casais se encontram ocasionalmente para trocar de parceiros em busca de diversificar o sexo, não havendo troca romântico-objetivas.
Diferente do relacionamento aberto, a prática do Swing nunca acontece separadamente e exige concordância prévia entre os parceiros. Ou seja, os amantes não podem se encontrar à sós com mais alguém. Quando isso acontece, considera-se traição e, consequentemente, gera discórdia entre o casal. Por conta disso, os swingers são considerados monogâmicos.
No poliamor, os parceiros não buscam por casais. Cada um pode ter quantas relações afetivas quiser independente do outro. Além disso, aqui sexo não é objetivo como acontece entre swingers, sim consequência.

Swing é basicamente, troca de casais por sexo ou o acréscimo de mais uma pessoa à relação sexual. Em várias partes do mundo há casas de encontro de swingers. São casais que têm a fantasia de se divertir e tirar a monotonia numa troca de parceiros sexuais com mais um parceiro ou outro casal (casal com mais de dois parceiros se considera orgia).
Não há, inicialmente nenhum interesse de um relacionamento mais íntimo ou profundo. Geralmente os mesmos casais não se veem vezes demais para não criar vínculos afetivos muito fortes e os encontros permanecerem; apenas “negócios”. Os casais nunca se separam e a escolha é feita de comum acordo.
Vale ressaltar que o relacionamento aberto se diferencia do swing, onde o que ocorre é uma troca de casais em busca exclusivamente de sexo. No swing o casal não deixa de ser monogâmico, apenas curte sexo com outros casais. É uma fantasia, e nunca o foram separadamente. No relacionamento o casal é “não-monogâmico”, tendo isso como filosofia de vida e não uma fantasia ou diversão, reservando o amor para ser vivido entre os parceiros, mas liberando o desejo para ser vivido com outras pessoas, podendo ou não viver esses relacionamentos extraconjugais conjuntamente.

POLIAMOR

            O poliamor é uma nova modalidade de relação amorosa e significa a prática e o desejo de ter mais de uma relação íntima ao mesmo tempo, com o conhecimento e consentimento de todas as partes envolvidas. É uma prática moderna não-monogâmica, ética e consensual que defende ser possível e aceitável amar várias pessoas ao mesmo tempo e manter múltiplos relacionamentos íntimos[1], desde que não sejam sexualmente exclusivas, ou seja, desde que não tenha como fins somente e unicamente a relação sexual.
            De fato, ter muitas relações sexuais não é o objetivo dos praticantes do poliamor, sendo que, possivelmente, a maioria deles tem menos parceiros sexuais que afirmam ser monogâmicos. (KLESSE, 2006).
            Habitualmente, esse tipo de relacionamento é idealmente constituído sobre valores de lealdade, honestidade, confiança, negociação de limites, capacidade e superar o ciúme e a possessividade. A comunicação auto-responsabilidade, emoção e intimidade. Geralmente os praticantes do poliamor são confundidos com as pessoas interessadas em sexo casual, no swing e nas relações abertas.
            A diferença entre o poliamor e o swing é de que o swing as pessoas, habitualmente, não se apaixonam por outras, enquanto no poliamor existe a partilha de sentimentos amorosos por várias pessoas que se respeitam e amam-se mutuamente.
            Vale ressaltar que o poliamor não é amor livre, porque ele advoga um relacionamento amoroso firme, baseado na multiplicidade de parceiros e fidelidade entre os mesmos. Embora ele possa ter muitas ideias do Amor Livre como o de alguns poliamoristas que não aceitam o casamento, se caracterizam como um movimento distinto, ainda que possa ter herdado influências.
            Poliamor não é um relacionamento aberto, porque poliamoristas são a favor da liberação amorosa, e não simplesmente sexual. São a favor de que seus parceiros igualmente namoram ou “casem” com outras pessoas, sentindo por elas o mesmo amor e sentimento que tem por seus parceiros “iniciais”, coisas que o Relacionamento aberto em si não admite.

POLIAMOR E SWING

            Um novo grupo recentemente se destacou do grupo de Poliamoristas: são os Poliswingers.
            Poliswingers são polismoristas que adotam a prática do swing. Neste caso, uma família poliamorista de, por exemplo, três pessoas, busca por um casal ou outra família poliamorista interessada em somente trocar parceiros numa relação sexual, sem qualquer intenção de se envolver emocionalmente com eles ou fazer acréscimos românticos à família.
            Poliswingers são bem poucos. Embora procurar o amor em nossas relações, não é regra que todos acreditem que não se deva curtir o sexo por si só. Apenas, permanece sendo uma fantasia, uma diversão, algo que não torna o primeiro lugar em suas relações. Muitos de nós, não usamo-nos dessa prática, uma prática diferente de se relacionar, e merece respeito.

DIFERENÇAS

            Na relação aberta, o casal não faz pacto de exclusividade, mas os códigos continuam sendo de um casal: geralmente um não quer saber sobre os parceiros do outro. Nesse tipo de relacionamento, as classes extraconjugais estão mais ligados ao sexo.
            A poligamia, em que se permite o casamento com mais de uma pessoa, divide-se em duas vertentes. A mais comum é a poliginia – casamento de homem com várias mulheres. Já a poliandria – casamento de uma mulher com vários homens – é mais restrita e menos aceita.
            No swing, ou troca de casais, o envolvimento é puramente sexual. Inclusive há regras para que não passe disso e invada a esfera emocional. “O swing é para poucos. É preciso ter uma estrutura psicológica especial e forte para se relacionar dessa maneira”. Analisa o psicólogo paulista Ailton Amélio da Silva[2].
            Poliamor não é swing, porque os parceiros não buscam por casais nem buscam por sexo; não buscam por sexo, não se caracterizam como monogâmicos, nem buscam diversão ou viver uma fantasia, mas um relacionamento fixo, sério e duradouro.


REFERÊNCIAS


BAKER, M.; REFOIOS, Sofia Melo. This is my partner, and this is my partner: constructing a polyamorous identity in a monogamouns world. Journal of Constructivist Psychology, 18, 2005, p. 75-88.

http://www.eusoqueriaumcafune.com/2009/08/entrevista-poliamor-o-fim-do-amor.html

http://pt.wikiipedia.org/wiki/amor_livre

http://pt.wikiipedia.org/wiki/swing_(sexo)

KLESSE, C. Poliamory and it’s others’: contesting the terms of mon–monofamy. Sexualities, 9 (5), 2006, p. 565-583.

SILVA, Ailton Amélio da. Blog: http://ailtonamelio.blogspot.com


[1] Dra. Sofia Melo Refoios.
[2] Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – USP, e autor do livro “Para viver um grande amor” (Editora Gente).

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